quarta-feira, dezembro 08, 2010

Catorze anos.

Fez hoje 14 anos que fui investido acólito na Igreja de Santos-o-Velho. Durante estes anos acolitei em muitos sítios, desde a Sé de Lisboa a pequena Capela de São Brissos. Acolitei em missa solenes com 20 acólitos e em missas onde para além de mim e do padre havia só mais duas ou três pessoas. No altar assisti por catorze vezes ao Nascimento, à Paixão, à Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Contudo ao fim destes anos todos e de todas estas experiências cada vez mais me comovo com a beleza da Liturgia da Igreja, que tem o seu centro na Eucaristia. Percebo que esta comoção se deve muito ao facto de ser acólito. Perceber que eu, através da minha frágil humanidade, contribuo para que um pedaço de pão e um golo de vinho (num cálice tantas vezes preparado por mim) se transformem no Corpo e Sangue de Cristo é vislumbrar a Misericórdia de Cristo para comigo. Porque se o padre no Altar é Cristo, o acólito é como aquela criança que trazia os pães e os peixes que Jesus Multiplicou. Cristo não precisava deles para nada, mas decidiu associar aquele miúdo à Sua Glória.

Estou grato ao Senhor por este privilégio de o servir tão próximo. Peço que o meu ministério seja para minha santificação e que sirva de testemunha da Sua Glória para todos.