quarta-feira, setembro 16, 2009

Portugal e a Europa

Nos nosso dias é importante que a Europa esteja unida. Não só do ponto de vista económico, mas também do ponto de vista de politica externa.

Contudo, não me parece que esta unidade passe por um estado federal ou pela obrigatoriedade de uma politica externa comum. Seria ridículo não aproveitar as particularidades de cada um dos países da UE do ponto de vista das relações com outros países. Basta pensar na relação de Portugal com os PALOPS.

Ora esta unidade deve ser assegurada pelos órgãos próprios da União Europeia. A UE não existe para uma ideia abstracta de Europa, mas para fortalecer os Estados-membros. Para alcançar estes objectivos esses Estados cederam alguma da sua soberania, mas não toda.

Para zelar pelo bem particular de cada país existem os órgãos de soberania próprios de cada nação. Não cabe ao governo português zelar pela unidade da Europa contra os interesses de Portugal. Muito pelo contrário, cabe ao governo português tentar assegurar uma melhoria de vida ao nosso país dentro da UE.

Por isso, acusar Manuela Ferreira Leite de ser anti-europeísta ou anti-integração por dizer que não tenciona defender os interesses de Espanha é ridículo. A União Europeia não existe para que Portugal sacrifique os seus direitos e a sua soberania em favor de Espanha. Mas para que Portugal possa fazer face a um mundo onde cada vez mais potências isoladas detêm tanto poder como a Europa toda junta.

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