segunda-feira, março 23, 2009

Modernidade

Vi agora na televisão uma senhor do Nós Somos Igreja a debitar parvoíces sobre o acesso das mulheres ao sacerdócio. Seguiu-se a palhaçada do costume, com entrevistas na rua e opiniões tontas dos apresentadores.

Mas no meio de todas a patetices que a senhora disse, houve uma que me deixou particularmente irritado. Dizia ela que a Igreja andou sempre a reboque da sociedade civil: na escravatura, na pena de morte e ainda meteu pelo meio a revolução francesa.

Esta afirmação, confirmada pelo apresentador do programa, é mais uma daquelas "verdades que toda a gente sabe" que está profundamente errada. A Igreja nunca andou a reboque da sociedade e isso a história prova-o.

Mas pior que isto, é que um católico não perceba que, embora a Igreja esteja no mundo, não é definida pelo mundo. A Igreja afasta-se do mundo, não quando não segue a última moda politicamente correcta, mas quando se perde em regras e planos em vez de testemunhar Cristo.

Por isso o problema actual da Igreja é o oposto do que aquela senhora e o mundo bem pensante em geral pensam. O problema não é que o Papa não seja moderno, mas que os católicos na ânsia de o serem tenham esquecido a única coisa que nós temos de realmente atractivo: Cristo, resposta ao coração do Homem, presente nesta companhia humana que é a Igreja.

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