terça-feira, maio 22, 2007

"Que vale ao homem ganhar o mundo se se perder a si mesmo?"




Fui ontem ver o "Homem Aranha 3". A coisa boa dos filme de super-hérois é que a coisa costuma ser simples: há os bons e há os maus. Os maus quase ganham aos bons, mas no fim graças à sua bondade e a uma rapariga gira, os bons acabam por ganhar.

Para meu grande espanto este filme é diferente. O grande vilão do filme não é um qualquer super-vilão (embora tambem haja) mas o próprio herói. A luta entre o bem e o mal não é feita no meio da rua, com uma cidade inteira a ser destruida pelo caminho, mas é travado no coração do próprio Peter Parker.

Neste filme aparece uma entidade alienigena que desenvolve ao máximo os poderes do seu hospedeiro, de modo especial a sua raiva. Peter começa por ficar deslumbrado com os seus novos poderes, até que os usa para matar o assasino do tio. Ai começa completamente a descontrolar-se: tem tudo o quer, mas vai-se tornado cada vez mais escravo do fato.

Isto dura até ao momento em que acaba por magoar Mary Jane. Aí ganha consciência de que, embora estivesse mais famoso, mais poderos e mais rico do que nunca, se tinha perdido a si mesmo. É nesse momento que, ajudado pela Tia Mae, Peter acaba por se arrepender e, com muito sofrimento (porque é sempre mais fácil começar a pecar, do que parar) se livra do fato.

Todo o ponto do filme é que o Homem não é definido pela sua circunstância. O Homem pode sempre escolher o bem. Ou como diz Peter Parker: "Whatever comes our way, whatever battle we have raging inside us, we always have a choice. My friend Harry taught me that. He chose to be the best of himself. It’s the choices that make us who we are, and we can always choose to do what’s right. "

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